ArQuiteCtos, artistas e artesãos da casamarela
															Inês regato
projeto de arquitetura
Inês Regato nasceu em 1984 e viveu no Alentejo até 2002, ano em que ingressou na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, onde concluíu a sua formação em Arquitectura.
Realizou o Estágio de Admissão à Ordem dos Arquitectos e trabalhou em Gabinetes de Arquitectura até 2015, ano em que iniciou o projecto Inês Regato – Arquitectura, Interiores e Design. Vive, actualmente, em Lisboa e desenvolve, predominantemente, projectos de habitação e de hotelaria.
Para além da Arquitectura, interessa-se por Música, Moda, Pintura e pela área criativa, em geral. Gosta da simplicidade dos materiais naturais e desenvolve os seus projectos com a atenção focada no rigor do detalhe, criando soluções personalizadas em cada projecto. Encara cada projecto como único e explora a sua narrativa de forma a construir soluções exclusivas e adaptadas a cada contexto e a cada cliente.
															STUDIO ASTOLFI
projeto de arquitetura interiores e decoração
Joana Astolfi (n. Lisboa, 1975) é uma arquiteta, artista e designer que extrai inspiração visual de um amplo universo de objetos e artefatos encontrados, com foco particular em história e narrativa. Ela trata um espaço como algo vivo, como um ator ativo no drama humano. Seu trabalho parte de uma profunda sensibilidade à identidade em evolução de cada lugar ao longo do tempo, à sua série de relacionamentos com os humanos que se movem por ele e a todas as histórias que se desenrolam dentro dele. Para Astolfi, as renovações arquitetônicas e de design de interiores são como ressurreições: ela visa trazer outra vida nova em cada projeto e preparar o cenário para novas histórias ainda por se desenrolar, mantendo viva a riqueza do passado.
Astolfi concluiu o Bacharelado em Arquitetura na Inglaterra, graduando-se com Distinção. Ela viveu e trabalhou por doze anos fora de seu país natal, Portugal, incluindo longas incursões em Londres, Itália, Munique e Los Angeles. Durante dois anos em Veneza, ela fez parte da equipe do FABRICA Creative Research Centre.
															GRUPO NORMA
execução de projeto
O Grupo Norma tem por missão simplificar, através do desenvolvimento de proiectos arquitectónicos e de design, aliando projecto e construção.
Procuramos ir de encontro ao mais pequeno detalhe apresentando, ao nosso cliente, projectos identitários, de forma simples, clara e eficaz, cumprindo as intenções e os prazos acordados.
No panorama atual, é consciência do Grupo Norma o distanciamento existente entre projetista e construto, motivo pelo qual procuramos simplificar o processo, oferecendo a solução: fazer convergir o projecto arquitectónico e o projecto de construção, com vista à redução significativa das diferenças entre o resultado da obra e as intenções e desejos de cada um dos seus clientes. Para isso, conta o Grupo Norma com uma vasta equipa de profissionais técnicos e projetistas.
															Fabricaal
Tapetes
Entrelaçadas no património cultural de Portugal, as mantas de lã da Fabricaal são feitas das ovelhas merino que vagueiam pela beleza rural do Alentejo.
Chamativas, com linhas limpas e coloridas, os tapetes e mantas da Fabricaal são produzidos com métodos criados desde o século XVI, mas que surpreendentemente se adaptam bem às casas modernas de hoje. Criados usando um processo de tecelagem tradicional, os fios de lã são passados através de um tear, numa prática artesanal que se mantém hoje para garantir a sustentabilidade e continuidade do melhor artesanato da região.
Feitos numa variedade de cores e padrões, os tapetes não diferem na sua espessura – alguns têm franjas. Com uma grande utilidade, estes tapetes iluminam um canto escuro, criam um corredor impressionante, adicionam estilo a uma casa de banho pequena, aumentam o drama de uma sala de estar ou adicionam os toques finais a um quarto. Colocados sobre pisos de madeira, pedra ou carpete, estes tapetes são feitos para se destacar. Pode também acessorizar com capas de almofada, pufes e apoios de pés – até bolsas e capas de MacBook.
Inerentemente parte do tecido da história da lã do Alentejo, a região é conhecida por produzir lã desde o século XVI e adiante – o material tecido de forma apertada e quente era excelente para os pastores que tinham de enfrentar invernos frios enquanto cuidavam dos rebanhos de ovelhas merino.
Embora os moinhos de lã tenham sido pertencidos ao longo das últimas décadas por uma variedade de artesãos, hoje o trio português António Carreteiro, Luís Peixe e Margarida Adónis representam a nova geração da fábrica alentejana de lanifícios, que continua a produzir mantas e tapetes de forma tradicional, consolidando este artesanato habilidoso, único da região. A transformação reside nas mantas, onde os clientes podem personalizar os seus próprios produtos, tornando-os ideais para casas contemporâneas.
Invista numa peça artesanal da Fabricaal que elevará o seu design de interiores, enquanto apoia a antiga arte do artesanato do Alentejo.
															PROVITRAL
vitral
Fundada em 2001 por Fernando Joaquim Marques da Silva, a Provitral – atelier de vitrais nasceu da paixão pela arte do vitral e da vontade de preservar e inovar esta tradição artística. Sediada em Alvarelhos, no concelho da Trofa, a empresa iniciou-se como negócio em nome individual e é hoje uma sociedade por quotas, mantendo-se fiel à sua origem artesanal.
O Fundador
Natural de Alvarelhos, Fernando Silva iniciou a sua atividade na arte do vitral em 1996. É detentor da Carta de Artesão e da Carta de Unidade Produtiva Artesanal, ambas reconhecidas pela Comissão Nacional para a Promoção dos Ofícios e das Microempresas Artesanais. Com formação especializada na Escola de les Arts del Vidre, da Fundació Centre del Vidre de Barcelona, aprofundou os seus conhecimentos em diversas técnicas tradicionais e contemporâneas da arte do vitral.
A Artista Residente
Desde a fundação da Provitral, a artista Albina Cunha acompanha de perto o desenvolvimento da empresa. Com uma sensibilidade única, interpreta os desejos e gostos dos clientes, propondo soluções criativas e personalizadas que resultam em peças exclusivas e adaptadas a cada espaço.
Na Provitral, tradição e inovação caminham lado a lado, refletindo-se em obras que valorizam a luz, a cor e a expressão artística do vitral, sempre com um forte compromisso com a qualidade e a autenticidade artesanal.
															Bordallo pinheiro
peças decorativas
Rafael Bordallo Pinheiro nasceu em 1846, em Lisboa, onde viveu grande parte da sua vida. Desde jovem demonstrou talento para o desenho e iniciou o seu percurso artístico colaborando com jornais e revistas como caricaturista, tornando-se uma das figuras mais marcantes da imprensa satírica portuguesa do século XIX.
Ao longo da sua carreira, destacou-se pela criação de personagens icónicas, como o Zé Povinho, símbolo do povo português e do seu espírito crítico. Trabalhou também como ilustrador, decorador, ceramista e jornalista, tendo desenvolvido uma obra vasta e profundamente ligada à realidade política e social do seu tempo.
Em 1884 fundou a Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, onde aplicou a sua criatividade à cerâmica, criando peças inovadoras com forte inspiração na natureza e na vida popular. A fábrica tornou-se um marco na história da cerâmica portuguesa e continua ativa até hoje, preservando o espírito irreverente do seu fundador.
Viveu com grande envolvimento cívico e cultural, e interessava-se por áreas como a política, a literatura e a crítica social. A sua abordagem artística era marcada pelo detalhe, pelo humor e pela observação atenta da sociedade portuguesa.
Faleceu em 1905, em Lisboa. A sua obra continua a ser celebrada e estudada, estando representada em várias coleções e instituições, com especial destaque para o Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa, que preserva o seu legado artístico e intelectual.
															josé franco
peças decorativas | cerâmica
José Franco nasceu em 1920 na aldeia do Sobreiro, em Mafra, uma zona com fortes tradições ligadas à olaria. Filho de pais oleiros, cresceu num ambiente rural e artesanal, marcado pelo trabalho com o barro e pela vida comunitária. Tinha quinze irmãos e, desde cedo, ajudou na produção de peças utilitárias como travessas, jarros, pratos e vasos, vendidas em feiras e festas da região.
Aos poucos, desenvolveu um estilo próprio, cruzando a tradição popular com uma sensibilidade artística muito pessoal. Começou por vender as suas peças à porta da olaria da família e, mais tarde, passou a transportá-las em burro até aos mercados locais. Ao longo dos anos, o seu talento foi sendo reconhecido e expandiu a sua produção para peças decorativas e artísticas, mantendo sempre uma ligação fiel às raízes populares.
Nos anos 60, concretizou o seu projeto mais emblemático: a construção da Aldeia Típica de José Franco, no Sobreiro. Este espaço, que recria uma aldeia portuguesa em miniatura, tornou-se uma homenagem viva à cultura rural e aos ofícios tradicionais. Combinando cerâmica, escultura e arquitetura popular, tornou-se um ponto turístico e cultural de referência.
Interessava-se pela vida quotidiana, pelas tradições do campo e pelo valor da memória coletiva. A sua obra é marcada por um profundo respeito pela identidade portuguesa e pelo desejo de preservar um modo de vida simples, ligado à terra e aos ofícios manuais.
Faleceu em 2009, mas o seu legado permanece vivo no património que deixou, especialmente na Aldeia Típica, que continua a ser visitada por milhares de pessoas todos os anos. O seu trabalho é hoje reconhecido como um valioso testemunho da cultura popular portuguesa.
															Felipa Almeida
peças decorativas | cerâmica - Cestas Verguinhas | livros
Felipa Almeida nasceu em Lisboa, em 1979, e tem dedicado a sua carreira à valorização da cultura portuguesa através da arte, do artesanato e da curadoria. A sua formação em História de Arte, Estudos Curatoriais, História do Design e Antropologia reflete o seu interesse multidisciplinar e o cuidado com que constrói cada projeto.
Viveu e trabalhou no estrangeiro durante vários anos, experiência que influenciou profundamente a sua abordagem estética e conceptual. Regressou a Portugal em 2006 e fundou, em Lisboa, o seu estúdio criativo, onde desenvolve projetos que cruzam tradição, memória e identidade cultural.
Trabalha com curadoria, direção de arte e produção de coleções de artesanato e antiguidades, promovendo colaborações com artistas e artesãos portugueses. As suas edições são pensadas como peças únicas, criadas à medida de cada contexto e com profundo respeito pelas técnicas e histórias locais.
Duas vezes por ano organiza pop-ups no seu atelier, nos quais convida criadores a desenvolverem novas peças em resposta a temas específicos. Estes momentos tornam-se encontros de partilha criativa, celebração da autenticidade e valorização do feito à mão.
Rodeada de livros, objetos e referências acumuladas ao longo do tempo, Felipa trabalha entre passado e presente, criando projetos com uma forte carga simbólica e afetiva. O seu percurso reflete um compromisso constante com a preservação e reinvenção da cultura material portuguesa.
															CASA CUBISTA
peças decorativas | cerâmica
A Casa Cubista nasceu em 2016, em Olhão, uma vila piscatória vibrante na costa do Algarve, fruto de um feliz acaso e do desejo de partilhar com o mundo as peças que desenhamos e descobrimos em Portugal. O nome ‘Cubista’ inspira-se na arquitetura única da zona antiga de Olhão, marcada por edifícios caiados e azulejados em formas geométricas, que remetem para um estilo cubista muito próprio.
Fundada com um espírito colaborativo e uma profunda ligação ao artesanato local, a Casa Cubista desenvolve coleções contemporâneas que respeitam as técnicas tradicionais. Cada peça é pensada com atenção ao detalhe e produzida em parceria com artesãos portugueses, em materiais como cerâmica, madeira, têxtil e ferro.
O projeto combina design moderno com saberes antigos, resultando em objetos para a casa que são funcionais, autênticos e cheios de personalidade. A inspiração vem do quotidiano, das cores e texturas do sul de Portugal, e da vontade de dar nova vida a formas e padrões tradicionais.
Para além da produção própria, a Casa Cubista também atua como curadora de peças artesanais, reunindo numa só marca o trabalho de vários criadores e oficinas locais. As suas coleções são vendidas internacionalmente e estão presentes em lojas e projetos de interiores em vários países.
Com sede criativa em Olhão, continua a crescer mantendo-se fiel às suas origens: o amor por Portugal, pela arte de bem fazer e pela beleza imperfeita do feito à mão.